Quando não temos o conhecimento necessário sobre determinada coisa, lançamos mão dos nossos próprios conceitos como parâmetro de verdade definitiva. Sem querer generalizar, é claro! Nos movimentos culturais não seria diferente.
O multiculturalismo havido no Brasil é um grande exemplo. Somos um povo de cultura multifacetada, delineada pelo elemento indígena, negro, europeu e todas a suas nuanças maravilhosas. Somos privilegiados por sermos coloridos e essa diversidade torna a nossa cultura rica, profícua e determinante na construção de nossa própria identidade! O candomblé é um exemplo da cultura africana enraizada nosso país, materializada na culinária, na música, na dança e todas manifestações que nos tornaram singular no mundo inteiro. O samba representa outro modo exemplar da inconteste influência negra na musicalidade.
De outro modo, não valorizamos efetivamente as culturas negra e indígena conforme deveríamos. Fala-se muito em diversidade cultural brasileira mesclada como standart de promoção publicitário internacional. Explora-se no exterior as figuras mulata sambista de forma muito esteoritipada sem ter o devido conteúdo do resgate histórico-cultural ocorrido em nossa terra brasilis.
Entretanto, a defesa de nossa ancestralidade é omitida por conta de uma orienação cultural pautada nos moldes norte-americanos e europeus. Suprime-se a nossa identidade multirracial em prol dos costumes exteriores.
Isso não quer dizer que devemos nos isolar do mundo já que em uma cultura globalizada mundial consiste em algo impensável. Discute-se sim a valorização de nosso povo matizado com cores diversas e norteada pelo caminho da autenticidade. Somos negro, índio, mulato, cafuzo, somos cores indeterminadas. De fato, não se deve definir cores em matéria de ser humano e sim definir inclusão e cidadania.
O preconceito cultural reside extamante em nossas atitudes que embora pareçam insignificantes escondem o véu da intolerância e da não observância de que somos um povo plural e a raça restringe-se apenas ao tom da pele, não se prologando nas potencialidades de cada um de nós. É maravilhoso ser integrante de um país multicultural. Sou mulato, sou preto, sou branco, sou indio, sou cor. Sou brasileiro.