Repensando...

domingo, 31 de outubro de 2010

RESULTADO DA ENQUETE: ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010














Segue o resultado da enquete referente à eleição do segundo turno dos presidenciáveis:

DILMA (PT)........................................53%
SERRA (PSDB)..................................46%







Muito obrigado pela colaboração!


sábado, 16 de outubro de 2010

SELETIVIDADE E EVOLUÇÃO MUSICAL




É comum o ser humano abrir mão de determinada coisa em virtude da descartabilidade que existe em seus critérios de seletividade. De fato, tal fato ocorre de diferentes formas seja por meio do gosto musical, da afinidade político-partidária, passando por diferentes ramos do conhecimento humano.

Geralmente quando surge uma novo hit musical ou um novo movimento cultural, as pessoas descartam o antigo e contemplam o novo, em um critério de seletividade exacerbada. Na verdade, desconsidera-se o fato de que o "novo" surge, muitas vezes, como produto do que foi alicerçado anteriormente, ou seja, o "antigo" funcionou como a base de existência do "novo".

Assim, torna-se imprescindível que sejamos autores de uma revolução sem perder de vista as conquistas ou situações positivas vividas anteriormente. Torna-se de fundamental importância, por exemplo, valorizar as nossas raízes, recepcionando a novidade sem considerá-la como algo absoluto e substitutiva do status quo .

Na música não seria diferente. Assiste-se a constantes regravações de sucessos eternizados na voz de Maria Bethânia, Gal Costa, Rita Lee, Simone e outras intérpretes da "velha guarda" reproduzidas pela "nova guarda" representadas por Daniela Mercury, Adriana Calcanhoto, Ivete Sangalo, Ana Carolina e outras, que embora representem estilos musicais diferentes, já provaram que são exímias intérpretes de MPB.

A década de 80 constitui exemplo de efervescência cultural, com o surgimento de bandas de rock que tornaram-se referência para as bandas atuais tais como Scorpions, Queens, Police, The Pretenders, U2 (sucesso até hoje), Men at Work, Metalica, Guns'n Roses, Dire Straits, dentre outras.

Paradoxalmente, grande parte dos "intelectualóides" de plantão afirmam de forma incontestável que tal década foi o tempo da trevas assim como foi o da Idade Média. De fato, tal constatação não procede e nem tampouco resiste ao grande número de estrelas da música que trouxeram um movimento cultural rico, criativo e com capacidade para influenciar as gerações futuras. A título de exemplo, citam-se Whitney Houston, Madona, Cindy Lauper, e várias outras...

A cultura do elemento retógrado deve ceder lugar à inovação com toque de personalidade e criatividade. Assim, reconceitua-se a música sem perder de vista a genialidade de sua interpretação. Valoriza-se o passado sem perder de vista as novas tendências...



terça-feira, 5 de outubro de 2010

SEGUNDO TURNO PRESIDENCIAL: QUEM SERÁ O PRÓXIMO PRESIDENTE DO BRASIL?




No dia 31 de outubro o Brasil assistirá a mais um show da democracia que é a participação da população na escolha do Presidente da República! Diante das opções Dilma (PT) e Serra (PSDB), quem leva o mandato presidencial? Quem você acredita está mais preparado para tal atributividade política? Dê o seu voto na enquete!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010: Ponto de vista de um eleitor!




Atendendo ao objetivo do blog que é o de promover a livre movimentação de idéias, sugiro-lhes a leitura do texto a seguir escrito pelo amigo Enézio de Deus:

Dilma: a(o) Anti-Cristo?

Há muito, não se via e nem se ouvia tanto absurdo, a respeito de um candidato à Presidência, como está sendo propagado e forjado nestas eleições, levianamente, contra Dilma Rousseff.

Primeiro, o alarde dos argumentos de que ela foi terrorista e de que não podia nem pisar em solo norte-americano. Após suplantadas estas falácias, veio outra tentativa de desestabilizá-la: a questão da quebra do sigilo fiscal (sem nenhuma prova de que a mesma estivesse, direta ou indiretamente, envolvida). Agora, emergem, na internet, ambas sem fundamento plausível e sem prova, a terceira e a quarta leva de argumentos ridículos; um verdadeiro show de barbaridades: a de que nem Cristo, querendo, impede a vitória da candidata e a que questiona a sua orientação afetivo-sexual.

Muitos já devem ter recebido o email, cujo teor afirma que Dilma, em suposta entrevista, teria afirmado que nem Cristo, querendo, tira-lhe a vitória. Onde está a gravação ou o vídeo (com voz e/ou imagem) da candidata fazendo esta afirmação? A resposta é uníssona: na maldade de alguns(mas) eleitores(as) – insatisfeitos(as) com o resultado das pesquisas, que continuam apontando a possibilidade de vitória de Dilma no primeiro turno.

Cada pessoa é livre para fazer a sua escolha, é lógico. E uma das grandes riquezas da nossa Democracia reside, particularmente, nesta liberdade. Mas “satanizar” uma pessoa, como estão fazendo com Dilma, com argumentos absolutamente débeis, é, no mínimo, ridículo.

E, na leva dos discursos absurdos, não faltam os que até o câncer, de que fora acometida a candidata, é levado em consideração – como uma “arma” que Satanás tem nas mãos para que o Vice de Dilma, oportunamente, assuma a Presidência (Vice este que, também, já está maldito na língua de muitos(muitas) que se afirmam cristãos(ãs))!

Paira um temor (nas mensagens que venho recebendo – especialmente de alguns evangélicos), movido por emoções e bastante irracionalidade, de que, caso eleita, Dilma interferirá, negativamente, no funcionamento das igrejas, como se isto fosse uma intenção dela (nunca foi!) ou como se um(a) Presidente(a), sozinho(a), tivesse este supra-poder de "rasgar" uma Constituição formal como a nossa. Para estas pessoas, imaginar interferências em templos é questão de poder; quase de “vida ou morte”, como se a salvação estivesse contida dentro de paredes. Daí o evidente desequilíbrio delas.

Realmente, trazer Cristo para a disputa presidencial, para ver se isto tira votos de Dilma, é a prova de que alguns(mas) fanáticos(as) estão desesperados ou quase beirando a imbecilidade.

Os argumentos (todos que tenho visto) utilizados para tentar desestabilizar a campanha de Dilma Rousseff são infundados, muito frágeis, facilmente desmontados.

Até da orientação sexual da candidata já se ouve especular, como se houvesse algum problema, que a incapacitasse para governar, caso ela fosse lésbica. E isto, sendo verdade, é da conta de quem? Em que aspecto a orientação afetivo-sexual de uma pessoa, como um dado isolado, qualifica-a ou a desqualifica para administrar? Em nenhum.

Tenho muito a elogiar quando penso em Serra ou em Marina (por exemplo), mas já fiz a minha escolha e ela é muito sólida: votarei em Dilma, porque tenho muito mais razões para fazê-lo (e falo pela racionalidade – não por questões de fé). Minha fé, cristã de berço, nada tem a ver com os representantes que escolho.

O problema, que atualmente põe o Brasil em atraso (com relação a vários países), encontra-se no Congresso: bancadas que legislam por doutrinas (tomando discursos fundamentalistas, como se estivessem em altares de templos), esquecendo-se de que o Estado brasileiro é LAICO – ou seja, não deve, em suas decisões, levar em conta nenhuma vertente doutrinário-religosa. O Estado deve ser o porta-voz da legalidade com embasamento unicamente científico.

Os(as) que estão criando e repassando estas mensagens distorcidas contra Dilma são fundamentalistas - e muitos(as) optaram por Marina, não por sua história de vida ou política (também, bastante admirável), mas por a mesma ser evangélica (e Marina seria, então, “a ação e a voz divinas” no comando da nação, cujo Deus é o Senhor destes(as) eleitores(as). Se não for o Senhor deles(as), não serve!).

Por isto, frente a esta perseguição a Dilma, é como se eu ouvisse, claramente, Cristo exclamar: “Perdoai-lhes, Pai, pois não sabem o que fazem.”

Há diversos preconceitos que circundam a candidatura de Dilma: por ser mulher, por ter lutado contra a Ditadura Militar - o que deveria ser motivo de orgulho para todos(as) nós -, por ser a mais provável sucessora de Lula, etc.

Não há nada de comprovado, na suposta biografia de Dilma que andam repassando pela internet, que desabone a sua moral, a sua competência ou a sua integridade. Muito pelo contrário: a sua história a dignifica muito. Já está comprovado que todas as pessoas que se destacaram na luta contra o regime militar no Brasil (a exemplo da corajosa então jovem Dilma Rousseff) foram acusados / fichados dos mais horrendos crimes, justamente porque, de modo corajoso, ousaram enfrentar - como poucas(os) - uma estrutura de atrocidades mantida pelos militarem que se apropriaram do poder no país por tantos anos. É justamente pela personalidade tão marcada pela coragem, que, desde jovem, Dilma vem assumindo posições e cargos estratégicos no Brasil em prol de uma sociedade mais livre, justa, solidária e progressista. Quanto ao argumento de que Dilma foi "terrorista", esse é falso e, em parte, distorcido. Falso, porque não há qualquer prova de que Dilma tenha tomado parte de ações “terroristas”. Distorcido, porque é fato que Dilma fez parte de grupos de resistência à ditadura militar, do que deve se orgulhar, e que este grupo praticou ações armadas, o que pode (ou não) ser condenável. Como bem lembra Jorge Furtado, “José Serra também fez parte de um grupo de resistência à ditadura, a AP (Ação Popular), que também praticou ações armadas, das quais Serra não tomou parte. Muitos jovens que participaram de grupos de resistência à ditadura hoje participam da vida democrática como candidatos. Alguns, como Fernando Gabeira, participaram ativamente de seqüestros, assaltos a banco e ações armadas. A luta daqueles jovens, mesmo que por meios discutíveis, ajudou a restabelecer a democracia no país e deveria ser motivo de orgulho, não de vergonha.” A conquista da liberdade, tão sonhada e sólida (como o é em nossos dias de Constituição de 1988), devemos, especialmente, a estas pessoas. Tenho inúmeras razões para votar em Dilma (o meu texto ficaria muito longo se eu elencasse, aqui, todas estas razões) e mais motivos ainda para que o projeto de Lula seja, a cada dia, mais consolidado no país – cuja chance, acredito, estar na escolha de Dilma para a Presidência. Mas repito: cada pessoa é absolutamente livre para escolher. A escolha, com decência e sem atacar de modo infundado quem quer que seja é, sem dúvida, mais bonita.

Dilma, ao meu ver, é a candidata mais preparada para assumir o comando político-administrativo do país e já é possível antever o fato histórico de termos a primeira Presidenta a República!

Fico envergonhado, como cidadão de senso crítico e atento ao passado histórico do nosso país, quando recebo emails, scraps ou mensagens frágeis, de teor infundado, cujo objetivo é, tão somente, tentar desestabilizar a candidatura de Dilma Rousseff ou manchar a sua imagem.

Felizmente, Dilma (destemida, desde cedo) não tem se abatido por esta leva de barbáries. É como se suas forças, pelo contrário, estivessem todas renovadas para, em breve, governar o Brasil!

OBS.: O autor, abaixo identificado, autoriza, expressamente, a veiculação ou a publicação (na versão integral) deste seu texto. Encaminhe a mensagem, via email, a todos os seus contatos.

__________________________

Enézio de Deus Silva Júnior Membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM Mestrando em Família na Sociedade Contemporânea, UCSAL Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental Especialista em Direito Público Advogado - 0AB-BA 20.914


domingo, 12 de setembro de 2010

Reinvenção





A família consiste na etapa preliminar de nossas interações com o meio ambiente. De fato, quando nascemos iniciamos o nosso primeiro contato, em regra, com pessoas ligadas à nossa família, sejam elas os nossos pais, irmãos e avós. É partir desse meio ambiente familiar que incorporamos hábitos, crenças e valores.
Posteriormente somos lançados à inserção social externa quando iniciamos a jornada escolar, universitária, laboral ou por qualquer outro meio de interatividade humana. Nessa etapa, desenvolvemos a auto-crítica e, por meio dela, confrontamos os nossos valores pessoais com aqueles impostos pela sociedade. A partir daí, verificamos a nossa potencialidade frente ao que nos é imposto culturalmente. A religião, os hábitos sociais e a cultura, de maneira geral, delimitam o modo como devemos agir. Há uma "re-invenção" de fora pra dentro, ou seja, da sociedade em relação ao indivíduo.
Assim, assiste-se ao descortinar de conflitos sociais tendo em vista que a sociedade evolui progressivamente (pelo menos em tese), modificando-se conforme os anseios individuais e coletivos que delineam os caracteres multiculturais dos agrupamentos humanos. Há uma reinvenção dos costumes que expressam diretamente as transformações da sociedade. No começo do século XX, por exemplo, a mulher era mero apêndice do marido, alheia a todo tipo de de ação decisória, constituindo-se como reprodutora de filhos e,na maioria das vezes, analfabeta e circunscrita às atividades meramente domésticas. Já atualmente, o até então "sexo frágil", empreende esforços no sentido de se sobressair sobre o sexo masculino, seja ocupando postos de trabalho antes tido como predominantemente masculinos, exercendo o direito ao voto e, inclusive, destacando-se como a principal provedora educacional dos filhos e mantenedora do lar. Diante disto, revelando-se como o "sexo forte", conciliando o papel de mãe com a atribuição profissional.
Reinventando-se, a sociedade supera paradigmas e promove a inclusão de valores inovadores capazes de remodelá-la e de torná-la adaptada e em conformidade com a conjuntura atual (ou predominante). Reinvenção traduzida em emancipação. Eis o desafio de todos nós.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Identidade: preconceito x cultura



Quando não temos o conhecimento necessário sobre determinada coisa, lançamos mão dos nossos próprios conceitos como parâmetro de verdade definitiva. Sem querer generalizar, é claro! Nos movimentos culturais não seria diferente.

O multiculturalismo havido no Brasil é um grande exemplo. Somos um povo de cultura multifacetada, delineada pelo elemento indígena, negro, europeu e todas a suas nuanças maravilhosas. Somos privilegiados por sermos coloridos e essa diversidade torna a nossa cultura rica, profícua e determinante na construção de nossa própria identidade! O candomblé é um exemplo da cultura africana enraizada nosso país, materializada na culinária, na música, na dança e todas manifestações que nos tornaram singular no mundo inteiro. O samba representa outro modo exemplar da inconteste influência negra na musicalidade.

De outro modo, não valorizamos efetivamente as culturas negra e indígena conforme deveríamos. Fala-se muito em diversidade cultural brasileira mesclada como standart de promoção publicitário internacional. Explora-se no exterior as figuras mulata sambista de forma muito esteoritipada sem ter o devido conteúdo do resgate histórico-cultural ocorrido em nossa terra brasilis.

Entretanto, a defesa de nossa ancestralidade é omitida por conta de uma orienação cultural pautada nos moldes norte-americanos e europeus. Suprime-se a nossa identidade multirracial em prol dos costumes exteriores.

Isso não quer dizer que devemos nos isolar do mundo já que em uma cultura globalizada mundial consiste em algo impensável. Discute-se sim a valorização de nosso povo matizado com cores diversas e norteada pelo caminho da autenticidade. Somos negro, índio, mulato, cafuzo, somos cores indeterminadas. De fato, não se deve definir cores em matéria de ser humano e sim definir inclusão e cidadania.

O preconceito cultural reside extamante em nossas atitudes que embora pareçam insignificantes escondem o véu da intolerância e da não observância de que somos um povo plural e a raça restringe-se apenas ao tom da pele, não se prologando nas potencialidades de cada um de nós. É maravilhoso ser integrante de um país multicultural. Sou mulato, sou preto, sou branco, sou indio, sou cor. Sou brasileiro.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Tempo, tempo, tempo...



O tempo cura. O tempo amadurece. O tempo promove mudanças ... O tempo é vida!


De acordo com o dicionário Michaelis, o tempo recebe as seguintes designações: " Uma época, um lapso de tempo futuro ou passado; A época atual; A existência humana considerada no curso dos anos; Delonga, dilação, prazo."


Quando nos deparamos com determinadas situações, o tempo nos revela um aliado e um inimigo.


Como aliado, ele nos faz esquecer ( ou pelo menos, ameniza) determinadas experiências que nos revelam como trágicas ou traumáticas. Seja o rompimento de um vínculo afetivo, a perda de uma pessoa especial, a decepeção proveniente de amizade. Enfim, o tempo corrobora para que possamos reunir forças e enfrentar as adversidades que nos é imposta pelo simples fato de sermos mortais.


Por outro lado, o tempo age negativamente em nosso cotidiano. Negativamente, o tempo consiste em mensurações, prazos, condicionamentos e limitações. O tempo funciona como fator determinista e empreende, inclusive, a nossa própria dinâmica ao longo de nossa existência. De fato, tudo são prazos. Tudo (ou quase tudo, sem querer ser absolutista) se rege pelas manobras do fator tempo. O avanço da idade, por exemplo, compromete a acessibilidade no mercado de trabalho.


O tempo é motor de nossa vida e o termômetro da razão e do sentido que damos à ela (à vida). Por isso, sejamos vida com gesto de solidariedade, cultivando o amor e colhendo a paz. Vida é tempo. Tempo é vida. Tempo, tempo, tempo.

Referência: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=tempo